Nas suas andanças missionárias, Antônio chegou a Rímini, cidade onde os cátaros tinham feito muito sucesso e exerciam enorme influência sobre o povo. Antônio, como sempre, foi à Praça da Catedral pregar o Evangelho. Como haviam pouquíssimas pessoas, ele combinou que se reencontrariam no di seguinte. Passou a noite em oração. No dia seguinte, à hora marcada, encontrou as mesmas pessoas do dia anterior e outras, os próprios hereges. Antônio comentou a Bíblia e, quando mais falava, menos acreditavam em suas palavra. Por fim não quiseram mais ouvi-lo.
Antônio rezou muito. Certo dia foi caminhar à beira do mar Adriático, na foz do rio Marecchia. Para espanto de alguns que o acompanhavam, Antônio pára, ergue as mãos e grita olhando para as águas: "Ouçam a palavra de Deus, vocês, peixes do mar e do rio, pois os infiéis não querem ouvi-la!"
No mesmo instante, grande multidão de peixes aproximou-se da praia, colocando a cabeça para fora a fim de ouvir o Santo falar. Todos estavam atentos, os menores mais à frente e os maiores nas águas mais profundas.
Depois de muito falar, Antônio ainda gritou em louvor: "Bendito seja Deus eternoo porque mais o honram os peixes aquáticos do que os homens heréticos, e melhor escutam suas palavras os animais do que os homens infiéis".
Quando mais falava, mais peixes vinham e por fim o povo também começou a afluir, incluídos os hereges que caíram a seus pés e pediram-lhe para que continuasse a falar. Pregou então sobre a fé católica, fazendo os cátaros voltarem à verdadeira fé.
Despediu os peixes com a benção de Deus e todos partiram felizes, povo e peixes.