
O povo trazia esmolas, comida , tudo com tal abundância que foi necessário pedir que parassem. Ainda assim, tudo terminado, os frades permaneceram dois dias para consumir o resto.
Frei Elias, vigário-geral, presidia aos encontros. Sentado a seus pés , humilde, frágil para seus 40 anos, o grande Francisco de Assis. Frei Antônio assistia a tudo com emoção. Mais do que assistia, enchia os olhos com a visão daqueles frades piedosos, animados, com a visão de Francisco.
Frei Antônio sofria seu "fracasso"missionário, mas as palavras de Francisco encheram-no de luz, pareciam ser dirigidas pessoalmente a ele: "Peço a todo irmão doente que, dando graças por tudo ao Criador, deseje ser assim como o quer Deus, seja são ou seja enfermo, pois ao Deus predestinou para a vida eterna, a eles ensina com o aguilhão dos flagelos e das enfermidades, não se encolerizem nem se inquietem contra Deus ou contra os irmãos, nem vivam por demais áviso por encontrarem remédio...nem pretendan excessivamente libertar a carne que em breve há de morrer e é inimiga agonizante da alma".
Frei Antônio entendeu que suas intenções, por mais santas que fossem, não eram as intenções de Deus.
Ao final do capítulo, cada ministro provincial ou superior apresenta a Frei Elias suas exigências ou necessidades. Era a distribuição dos frades pelos vastos campos da evangelização. Os frades todos receberam novas missões e Antônio, que não tinha sido notado, sobrou. Alguns acharam que fosse um noviço ou, como escreveu seu primeiro biográfico, "bom para nada".
Acharam para ele um superior na pessoa de Frei Graciano, provincial da Romagna. Quando Frei Graciano lhe pergunta quais os seus planos, ele responde que não tinha nenhum, pois o único fracassara, que era ser missionário na Àfrica.
Quando Frei Graciano descobre que ele era padre, o destina a Forlí, no conventinho de Monte Paulo. Os frades queriam Missa diária e frei Antônio serviria ao menos para isso.
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