
No ano de 1143, o rei Afonso VII da Espanha, com a intermediação do cardeal Guido, representante do Papa Inocêncio II, reconhece a independência portuguesa e o título de rei para Afonso Henriques. A capital fica em Coimbra. Lisboa pertence aos árabes desde o longínquo ano de 716. Afonso Henriques consegue reunir um exercício de cruzados para uma guerra santa e reconquista Lisboa para Portugual e para o cristianismo em 1147. O pequeno reino porém, não tem condições de garantir a posse da cidade, pois o outrolado do rio Tejo continua na mão dos mouros, assim chamados os seguidores de Maomé. O novo rei, Sancho I, reúne outro exército de cruzados em 1189: soldados alemães, italianos, ingleses, portugueses, espanhóis conquistam a Algarve, garantindo os limites de Portugual.
Após a vitória, a cena sempre repetida nas vitórias dos cruzados: orgias, matanças, estrupos, saques, o prazer de desonrar donzelas e degolá-las, abrir os cofres e tomar as jóias.
A fome da guerra era conquistar para a fé, e sua sede só era aplacada com sangue e orgia. E no dia 15 de Agosto de 1195, festa da Assunção de Maria ao céu, nasce Fernando de Bulhões y Taveiro de Azevedo, filho de Marinho de Bulhões e de Maria Teresa de Taveiro. Eram jovens membros da nobreza que tinham participado das lutas pela independência portuguesa.
Moravam perto da catedral. Subindo a colina chegavam ao castelo de São Jorge, de onde podiam avistar todo o bairro mouro, cujas construções e ruas lembravam as cidades árabes. Fernando aprende português e árabe, as duas línguas de Lisboa.
Martinho e Maria Teresa encaminham o menino para a Escola dos Cônegos da catedral. Além de boa formação humana, queriam dar a Fernando educação cristã.
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